Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias
Os Arautos do Evangelho foram fundados pelo Revmo. Monsenhor João S. Clá Dias.
Natural de S. Paulo, Brasil, nasceu a 15 de Agosto de 1939. Filho de emigrantes europeus (António Clá Dias espanhol, originário de Cádiz e Annitta Scognamiglio Clá Dias italiana, natural de Roma) foi formado na fé católica com muito vigor. Esse vigor manifestou-se muito cedo no jovem João, pois na escola já se propunha a organizar com seus colegas um grupo para dar aos jovens uma orientação virtuosa e sadía.
Composta predominantemente por jovens, esta Associação está presente em 78 países. Os seus membros de vida consagrada praticam o celibato, e dedicam-se integralmente ao apostolado, e vivem normalmente em comunidade (masculinas ou femininas), num ambiente de caridade fraterna e disciplina. Nas suas casas fomenta-se uma intensa vida de oração e estudo, seguindo-se a sapiencial directriz do Papa João Paulo II: “A formação tem como objectivo fundamental a descoberta cada vez mais clara da própria vocação e a disponibilidade cada vez maior para vivê-la no cumprimento da própria missão” (Christifidelis Laici, 58).
Os Arautos têm a sua espiritualidade alicerçada em três pontos essenciais: a Eucaristia, Maria e o Papa, como está definido nos seus estatutos: “A espiritualidade tem como linhas mestras a adoração a Jesus Eucarístico (...); a filial piedade mariana, imitando a sempre Virgem e aprendendo a contemplar n’Ela o rosto de Jesus (NMI 59); e a devoção ao Papado, fundamento visível da unidade da fé (LG 18).”
Esses pontos estão representados em destaque no brasão que os distingue.
O seu carisma leva-os a procurar agir com perfeição em busca da pulcritude em todos os actos da vida diária, mesmo estando na intimidade e está expresso no sublime mandamento de Jesus Cristo: “Sede perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 48).
Isto quer dizer que ele deve revestir de cerimonial as suas acções quotidianas, seja na intimidade de sua vida particular, seja em público, na obra evangelizadora, no relacionamento com os irmãos, na participação da Liturgia, nas apresentações musicais e teatrais, ou em qualquer outra circunstância.
Chamam muito á tenção as botas dos arautos, que tem como símbolo, o lado missionário e a disposição para ir a qualquer lugar evangelizar. Estar pronto para qualquer "missão".
Está significada também a disciplina. O fundador dos Arautos foi militar quando novo, e gostou imenso da disciplina. Razão pela qual a trouxe para a sua instituição.
A corrente simboliza a união que cada um deve ter com Deus.
Acresce ainda, que cada Arauto é consagrado a Nossa Senhora segundo o método de S. Luis Maria Grignon de Monfort, na qual o santo sugere que cada consagrado use uma corrente. O fundador mais uma vez gostou imenso da ideia e colocou-a á cintura.
Á direta, também á cintura, os Arautos portam o terço, simbolo da oração.
Faz parte da sua vida interior e espiritual a recitação do Rosário diariamente, como Nossa Senhora pediu a S. Domingos e reiterou em Fatima quando apareceu aos pastorinhos, como meio eficaz para acabar com os males do mundo e alcançar a paz.
O medalhão que os Arautos levam ao peito já acima ficou explicado, que reúne em si a sua espiritualidade.
As letras EP são a siglas da tradução de Arautos do Evangelho para o Latim:
Evangelium Preconium.
A ordem primeira é composta por elementos do ramo masculino que dedicam a vida integral á instituição.
Poderão ou não vir a ser sacerdotes.
Compete á própria pessoa a decisão.
A Ordem II (ordem segunda) é composta por elementos do ramo feminino que dedicam a vida de modo integral á instituição.
Poderão ou não vir a ser freiras.
Compete á própria pessoa a decisão.
Outra categoria de membros são os Cooperadores, os quais embora se sintam identificados com o espírito da Associação não podem comprometer-se plenamente com os objectivos dela, devido aos seus compromissos, religiosos, matrimoniais ou profissionais.
Os Cooperadores dos Arautos do Evangelho, além de observarem os preceitos e deveres próprios do seu modo de vida , esforçam-se por viver em conformidade com o carisma e a espiritualidade da Associação, dedicando-lhe o seu tempo livre nas atividades de evangelização, e comprometem-se a cumprir certas obrigações.